terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Paraisópolis


"Não é despreparo da polícia porque eles nunca erram a classe, a cor e o cep das vítimas. " - diz o internauta Renato Prata Biar. TERRÍVEL VERDADE! É muito cruel tudo isto que estamos vivenciando! E, pior é ouvir alguns comentários tipo: "Lá só tem drogado e o pancadão incomoda todas as famílias..."
MAS, ENTÃO, pra que existem as Leis? LEI É ISTO? é assim que se aplicam as "leis"? é assim que se melhoram as condições dos que já nascem em áreas de vulnerabilidade social? Consternação!
Sim, eu não gosto de muitas letras de funk, eu também me molesto com o som excessivamente alto, eu também sei que um aglomerado de pessoas sempre pode dar em conflito, mas, quais são as opções de lazer que o Estado oferece? Qual a diversão que estes jovens tem, no início de suas vidas, cheios de energia, quais os lugares públicos, com segurança assegurada pelo Estado, tem para ir?
"O extermínio, o encarceramento em massa, a tortura e a repressão são o verdadeiro projeto político de segurança pública no Brasil. É um projeto de controle das massas. A polícia não é para combater o crime; é para combater o pobre. Um Apartheid social sem cercas. Paraisópolis é a regra; não a exceção.", completa o amigo Renato em seu post.
Como discordar? O que temos visto, especialmente em áreas desprovidas, é impunidade e violência em doses crescentes. Se todos os órgãos públicos têm conhecimento que estes eventos acontecem seguidamente, há tempos, nos mesmos moldes... se todos os órgãos relacionados afirmam que é um local onde o tráfico de drogas acontece, que o pcc tem uma atuação forte, não era pra tomar precauções para segurança? Como é possível saber que lá existem milhares de pessoas e deixar tudo à deriva, "deixando acontecer"? E, quando aprouver, chegar e bater, chegar pra matar, sabendo que ficarão incólumes, não, isto NÃO É O PAPEL DA POLÍCIA! Tem coisa MUITO ERRADA aí!!!
"O caso é gravíssimo. É uma população pobre que estava se divertindo e de repente é trucidada pelos agentes do Estado", afirma o ex-ministro da Justiça e advogado José Carlos Dias, um dos membros da Comissão Arns. "Temos o dever de interceder e cobrar do poder público que os fatos sejam apurados com todo o rigor e que os responsáveis sejam punidos." Vamos ver, pois atrocidades anteriores deram em pizza, como costuma acontecer.
Link deste post, neste blog: https://marisejalowitzki.blogspot.com/2019/12/paraisopolis.html

Em reunião extraordinária nesta segunda-feira, integrantes da Comissão Arns — coletivo que atua em situações em que há graves violações de direitos humanos — decidiram acompanhar de perto a investigação sobre a atuação da Polícia Militar em Paraisópolis, São Paulo. (https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2019/12/03/ex-ministro-justica-jose-carlos-dias-paraisopolis-comssiao-arns.htm?utm_source=chrome&utm_medium=webalert&utm_campaign=noticias)


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