domingo, 25 de agosto de 2019

Doença psíquica dos likes e Ageism(discriminação etária), transtornos que podem estar acometendo qualquer um


Tudo por um like e discriminação com a idade, especialmente de mulheres - saiba mais

É incrível a necessidade de algumas pessoas, inclusive ilustres, em estar sempre editando comentários polêmicos, fazendo menções que chocam, de uma maneira que arrasta a atenção de muitos. Seja para aplaudir, seja para criticar, seja somente para insultar, a real é que há um tempo precioso gasto neste ir e vir, sem resultado nenhum a não ser o acirramento dos preconceitos, da discriminação, dos julgamentos apressados e acusatórios.

Tudo por um like, coisa que alimenta cada vez mais o dia a dia até mesmo de governos, que deveriam estar divulgando, isto sim, quais as suas ações efetivas em prol da população que representam.


Hoje fomos invadidos por uma nova manchete (piadista) de nosso presidente, atacando a esposa do presidente francês (mais uma troca de farpas, para obter muitos likes).


A publicação contém moral e ética puramente machistas.

Incentivar e replicar uma declarção preconceituosa e machista, só leva a um raciocínio, como bem definiu Kiko Nogueira: "Sempre que você imaginar que Jair Bolsonaro chegou ao fundo do poço, lembre-se de que ele pode cavar mais fundo".

Quando o Instagram anunciou que iria retirar este recurso [dos likes] causou enorme impacto. Teve os que apoiaram a iniciativa, incluindo especialistas da mente, declarando que esta tendência, se exacerbada, causa doença mental séria.

 “Numa geração de surgimento e, ao mesmo tempo, de avanço extremo da internet, marcada pelo egocentrismo, por blogueiras, influencers, uma nova forma de ganhar dinheiro no século XXI e, consequentemente, uma onda de doenças psíqicas a todo vapor. " (O que o fim dos likes representa para o Instagram)

Da mesma forma, o continuísmo das declarações injuriosas, plenas de preconceito, continuam a ser exibidas e, com isto, incentivadas.




Você sofre de discriminação etária? Ageism?




e todos somos candidatos inexoráveis a envelhecer. Convém entender o quanto antes possível. Manifestações injuriosas são puro preconceito

Brasil tem conceitos e preconceitos tão medievais!!

A história de Macron e sua esposa é lindíssima, plena de valores que ultrapassam a chamada "tradição". Ela foi professora dele e ele, aos 17 anos, disse que a amava profundamente e que um dia ainda casaria com ela, o que realmente aconteceu. Li sobre isso durante a campanha de Macron, pois lá já recebia - e ainda recebe, como hoje - muitos ataques por conta de discriminação etária (ageism). Considero linda e corajosa a história deles, por romper limites e paradigmas históricos com serenidade e até de bom humor.

Macron foi alvo de críticas e baixarias durante a campanha eleitoral, até que toda a sociedade se manifestou abertamente contra o preconceito (coisa que não acontece por aqui). Macron se posicionou abertamente contra o preconceito sofrido por sua esposa: “Se eu tivesse 20 anos mais que minha esposa, ninguém pensaria por um segundo que não poderíamos estar legitimamente juntos”.

A diferença de Brigitte e Macron é de 24 anos. A mesma diferença entre Trump e Melania... 

E este preconceito perpassa a todos.


Mujica
Por exemplo, tem muita coisa que aprovo no Mujica [ex-presidente uruguaio], um homem também já velho, no fim da jornada. Mas, ao criticar Cristina Kirchner, como se referiu a ela? “Aquella vieja”... não mencionou sua divergência política, não comentou sobre sua capacidade de liderança, não olhou a si mesmo no espelho antes de criticar, apenas se referiu pela aparência física, por ser mulher madura.




Ludmilla


Quando a cantora Ludmilla postou, dando os parabéns à Michele (esposa do presidente atual - 26 anos mais jovem) e à Marcela (esposa do ex-presidente Temer - 33 anos mais jovem que ele), por estarem "cuidando bem de seus velhinhos", também foi mordaz, também foi preconceituosa, pois a diferença de idade não deve-deveria ser um impeditivo para uma relação marital entre adultos. 







(Ressalto o 'entre adultos' pois os casamentos envolvendo criança-mulher e homens adultos é, igualmente, uma aberração, pois a criança não tem nenhuma condição de optar e decidir - o que, infelizmente, continua acontecendo em algumas culturas).

Esta escravidão a que muitas mulheres se sujeitam em função da pressão social de homens e mulheres no mundo inteiro precisa ser rompida! E só vai acontecer quando as mulheres olharem a si mesmas e se aceitarem, gostarem de si como são e estão. Não será um movimento que vai acontecer por uma ação masculina, não!

Fernanda Young

Hoje morreu Fernanda Young, aos 49 anos. Uma de suas declarações sobre a vida e o transcorrer do tempo, foi: 

“Aprendi a lidar e a gostar do tempo. E a aceitar as mudanças em meu corpo. Vou estar com 75 anos e, se quiser, ainda vou fazer nu”. 


A vida é imprevisível, ela não viveu para chegar até lá, mas suas reflexões ficam.




E, particularmente, eu sou uma mulher da terceira idade.  
As falas preconceituosas, todas, deste que diz nos representar, absolutamente não me afetam, pois sinto que se trata de um desvio psíquico que carece de tratamento. 
Torço, isso sim, e sempre, para que o estrago nas decisões seja reversível. Amém!


Pela pertinência, transcrevo parte do texto da amiga Nara Albuquerque, que retrata o que também sinto e penso:

Vi uma postagem, onde comparam a esposa de Macron e a de Bolsonaro.

Aí se percebe o déficit de bom senso, de delicadeza, de algumas pessoas. Macron casado com uma mulher não tão jovem, nem bonita, segundo os padrões.E Bolsonaro casado com uma jovem, fisicamente bonita. 

Beleza é um conceito pessoal e subjetivo, não dura para sempre, e o mais triste foi ver mulheres menosprezando a esposa de Macron, rindo e debochando como se fossem ficar jovens para sempre.Uma vez li que as mulheres é quem criam os machistas, e sou forçada a concordar...que triste.

Macron deve ver a mulher, a companheira, o ser humano por trás da aparência.”



DIGA NÃO AO PRECONCEITO!!!

 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

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