domingo, 25 de outubro de 2015

Adolescência - Nem tudo é maldade ou bondade, por vezes, só a força dos hormonios em explosão


(imagem: tela do amigo Santosh Dhir, Angul, Índia -The Yogi)




Por Marise Jalowitzki
publicado neste blog em 25.outubro.2015
http://marisejalowitzki.blogspot.com.br/2015/10/adolescencia-nem-tudo-e-maldade-ou.html

"E ele me olha com aquela cara do tipo: 'Que foi que eu fiz, afinal?' ...Dá vontade de bater!"...

A adolescência, o início da puberdade, especialmente nos garotos, costuma ser uma fase bem conturbada.
Eles recebem uma carga extra na Mãe Natureza, em testosterona, o hormônio masculino, do agir, do impulso, do fazer! Esta carga extra chega a 800%!! 

Como um garoto vai raciocinar direito? É muito impulso! Saber que nem tudo depende da cabeça deles, que o raciocínio lógico deixa-se facilmente dominar pelo instinto de "guerreiro-brigão", pode ajudar a mãe a entender um pouco mais do processo e não sofrer tanto, nem se estressar tanto!

Independente se o adolescente já recebeu algum rótulo de "transtorno", ou não, oportuno ler o que segue:

Meninos são a maioria dos casos diagnosticados
"De acordo com relatórios sobre saúde masculina, os meninos recebem diagnóstico de TDAH quatro vezes mais do que as meninas. Diagnósticos nem sempre procedentes, pois não levam em consideração fatores como alimentação inadequada, o tempo que eles ficam em frente ao computador, o estresse que muitos jogos eletrônicos violentos causam, a falta de uma prática desportiva. Lembrando que, nos meninos que iniciam sua puberdade, a explosão de testosterona chega a aumentar 800 por cento! Nem eles sabem lidar bem com tanta iniciativa, agressividade, revolta e experimentos de independência! A maioria dos casos que envolvem diagnósticos de TDAH refere-se àqueles garotos de estilos mais audazes e voluntariosos. Os pequenos - por vezes mais destemidos, mais valentes, mais impulsivos e determinados, inquietos, voltados para jogos e filmes de lutas, a tentativa de impor a sua vontade de uma maneira mais contundente do que, usualmente, as meninas – são os maiores candidatos a receber a indicação para tratamento.

Em tempos idos, os pequenos varões eram criados para serem guerreiros, valentes, impulsivos, de iniciativa e poder de decisão. Correr, lutar, gritar, exibir sua força. Atualmente a cultura de guerreiro, como era antigamente conhecida, já nem existe. Nem é mais o homem o único provedor das necessidades básicas da família. Entretanto, estamos diante de um paradoxo. Se, por um lado, as iniciativas e os rompantes são inibidos, até farmacologicamente, o instinto competitivo continua sendo incentivado por nossa sociedade, na escola e nas famílias." 
(Pág 81 - Livro TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM)

Em contrapartida à produção de testosterona, o organismo também produz um índice de estrogenio, o hormonio feminino, o que deixa a vida dos garotos em picos de agressividade e gentileza.
Sim, nesta fase é, por vezes, difícil até de reconhecer o filho "de antes", mas é assim mesmo! Ele está em plena mutação e nunca mais será "o de antes", simplesmente porque isto não é mais possível!

Por vezes, as rixas se estendem, mas, há momentos em que eles reconhecem que se excederam. Quando ele chega a pedir desculpas (sem nem entender direito o que fez de errado...), desculpa, mãe, aceita as desculpas dele, mas dá o teu tempo para desculpar! E diz isso a ele! Tipo:
"Bem legal que reconheces e vens pedir desculpas, mas, ainda tá doendo em mim e a mãe vai precisar de um tempo pra passar por cima!"
Isto ajuda a criança-quase-adolescente a perceber que faz sofrer aos outros com suas atitudes e possibilita que tente se autorregular. 

Importante dar limites, esforçando-se pra manter o equilíbrio!

Paz para tod@s!






Marise Jalowitzki
Escritora, Educadora, Blogueira 
Coordenadora de Dinâmica de Grupo,
Vegana, Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil 
marisejalowitzki@gmail.com





LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e  dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade


Nenhum comentário:

Postar um comentário