Como lidar com a perda de energia advinda do desgaste nas relações
interpessoais antagônicas - Paz interior é direito de todos
Dicas para Sair de Situações que Minam as Forças e Enfraquecem
Como sair das situações que "acabam" com nossas forças?
Há algumas ponderações sobre atitudes a tomar antes que as coisas fujam do
controle. Aí vão algumas sugestões:
1) Sair antes de ser tragado
Mesmo para aqueles que possuem convívio mais direto com as pessoas
que são portadoras de doenças mentais, ou apresentam alguns distúrbios de
personalidade perturbadores, é importante lembrar que este estado não é
permanente... o distúrbio não se manifesta na pessoa em tempo integral, louco
não está louco o tempo inteiro. Sem querer imaginar soluções, o que é possível
é tentar acessar nos momentos de lucidez, o que não garante que, ao recair,
aquilo que foi conquistado vale. Mais uma vez, cabe afirmar que mudança no
outro não vale, vale a mudança possível em nós.
Quem precisa aprender a manejar
situações de conflito e estresse é aquele que se propõe a melhorar a vida para
si. Melhorar o ambiente ou a vida dos outros poderá ser uma conseqüência, se
assim o desejarem. Nos reinos digamos, inferiores, onde os seres vivos estão
com a consciência menos aflorada, como nos outros animais (que não os humanos),
os vegetais e minerais, a resposta ao nosso estímulo pacífico vem mais
rapidamente, mais clara e objetivamente. Explico: quando limpamos uma árvore de
cipós que a estão atrofiando e, alguns casos, quase matando, poucos dias depois
ela já nos mostra o resultado de nossa ação benéfica; as folhas ficam mais
viçosas, os galhos começam a apresentar porte mais vigoroso, a árvore toma seu
devido lugar. Quando retiramos as ervas daninhas de um gramado, ou preparamos
um canteiro, imediatamente aparece a mudança, e aquele pedaço de terra parece
agradecer.
Quando cuidamos de um animalzinho, seja no trato de doença ou apenas
carinho, sua resposta é imediata. Uma pedra devidamente escorada não cai
barranco abaixo... Uma muda nova ao ser regada, mostra em instantes a
recuperação... e assim por diante. Com pessoas o processo é outro. O indivíduo
pode estar em contato por largo tempo com estímulos positivos sem que, apesar
disso, possa fazer uma leitura correta do significado desses estímulos. Quantas
vezes você já envidou uma ação bondosa, com a melhor das intenções, e o outro
entendeu tudo errado? E, quanto mais você se esforçou para explicar, pior
ficou?
Mudança só ocorre quando sentimos necessidade dela! Enquanto cada um, em
seu interior, não se sentir bem cansado de uma situação, não ocorrerá mudança!
Quando você perceber isso, avalie: há quanto tempo estou investindo? Quais os
custos (emocionais, físicos, mentais e financeiros) deste investimento? O que
deixei de fazer em prol dessa tentativa de ajuda? Isso me frustrou muito? Ainda
há tempo de recuperar? Como o outro reagiu ao meu investimento? Está agradecido
ou enraivecido? Tem-me em consideração ou está revoltado? Todos esses itens são
ingredientes que ajudam a identificar a real valia de continuar ou não a
envidar os esforços da maneira como vem sendo feito até agora. Às vezes vale
muito mais terceirizar (arrumar um outro parente, alguém estranho que vá
continuar em nosso lugar). A pessoa precisa de apoio, nem sempre tem condições
de se reencaminhar. Esta diagnose quem vai conceder é o nosso coração, é a
emoção, com sua balança de prós e contras é quem vai nos mostrar a validade de
permanecer atrelado ao mesmo jeito de intervir. Algumas vezes, para o bem de
todas as partes envolvidas, é melhor deixar as coisas como estão do que continuar pensando em
mudanças otimizadas. Sair de cena pode ser a solução.
Mantenha e aumente a sua auto-estima o máximo que puder. Muitas
pessoas costumam usar amuletos para evitar as energias negativas. Embora seja
uma forma de canalizar nosso pensamento, focando em um determinado ponto
(concentração), são de pouca ou nenhuma valia, pois a pessoa que procura
proteção nos amuletos já demonstra estar psiquicamente alterada, seja por medo
ou ressentimento, o que contamina a concentração. Identifique constantemente os
aspectos em você é bom, o que sabe fazer bem, quais as pessoas que gostam de você,
qual a sua contribuição para melhor ao mundo. Mesmo nos momentos em que parece
que você é um nada, lembre-se, esse é só um momento, vai passar.
3. Evitar contato físico excessivo
Em geral, a pessoa em desequilíbrio tem necessidade de estar o
tempo todo tocando, pegando, abraçando, apertando. E você sente que não está
fazendo bem para você. Procure, gentilmente, afastar-se. Ofereça alguma coisa
para ele, sempre que possível, um chá, um refrigerante, água, uma bala, caneta
e papel, invente algo convincente, para que ele não se sinta excluído.
4. Trazer pessoas para estar junto
com você por ocasião do contato
Pode não impedir que o outro, igual, se estresse, pela simples
presença, mas estar com outra pessoa distrai a atenção, que não fica somente
focada em você, além de possibilitar uma saída estratégica sem constrangimentos
maiores.
Em situações de grande atrito, se for necessário, ouça tudo o que o
outro tem a dizer, evitando devolver acusações; não entre em brigas, não faça o
jogo dele, procure manter-se neutro o mais possível. A pessoa brigona tem
necessidade de colocar mais pessoas na sua briga. Não leva a nada, é uma
situação tremendamente sem propósito, pois todos acabam apenas se desgastando.
Muitas vezes nem sequer se lembram porque tudo começou. Fica somente o
sentimento ressentido, remoendo e enfraquecendo. É imprescindível arejar, logo
que possível.
6. Diminuir o tempo do contato
Quanto mais complicada a relação, mais você deve evitar de estar
muito tempo sozinho(a) com essa pessoa. O face-a-face desenterra situações
passadas que em nada levam, apenas a novas discussões. Programe já qual o rumo
da conversa, quais as ilustrações, programe assuntos leves e, caso o outro
insistir em manter o nível denso, procure sair o quanto antes. Certa vez
perguntei ao profissional encarregado de trazer o gás de cozinha: "E o
senhor, tem alguém complicado na família? - Tenho - disse ele - minha mãe, de
83 anos. Chego lá, no primeiro instante está tudo bem, ela sorri, me abraça,
daqui há pouco já começa a me xingar e ame xingar, eu agüento um pouco e saio;
fico uns dias sem aparecer e venho de novo, aí continua tudo bem, ela me
cumprimenta e fica feliz. E assim vai!" Sabedoria.
7. Diminuir o número de encontros
Pedir a outras pessoas, mais neutras ou mais bem queridas, para ir
em seu lugar, alternando contatos. Aprender que, às vezes, estranhos são mais
bem vindos do que aqueles que fazem lembrar a vida pregressa, ainda que você
não seja o protagonista.
8. Encontrar pessoas que possam
substituí-lo
As pessoas são diferentes entre si. Algumas não se suportam,
algumas suportam algumas coisas umas nas outras e há aquelas que se
compreendem, que possuem afinidade entre si. Todos nós somos simpáticos ou
antipáticos para alguns, em menor ou maior grau. Identificar quem, no seu rol
de convivência, consegue lidar melhor com a(s) pessoa(s) em atrito e solicitar
a ela que lhe substitua nas intervenções pessoais, traz ganhos substanciais
para os dois lados envolvidos. Evita desgaste e confere tranqüilidade, tão
necessária nesses casos de incompatibilidade.
Quando se fizer necessário o contato, evitar cobranças
desnecessárias, pois cairão no vazio, além de gerar sensação de ameaça ou
perda. Cobranças para mudar, para sair da situação criada são geralmente muito
mal recebidas, especialmente se colocadas por alguém que é mal recebido. Cada
cabeça, uma cabeça. Por mais que se pense entender, há variáveis que nos
escapam das mãos, que não conseguimos controlar.
Sempre que possível, reenergize-se com as forças naturais: sol,
água, ar puro, mexer na terra - desmagnetizadores em potencial do baixo astral
e fortificantes do sistema imunológico. Novos ares. O sol contém vitamina D e
pulveriza más intenções (raios). A água é capaz de levar impressões ruins,
limpando espaços (a água é um agente tão forte que os cães farejadores, por
exemplo, perdem as suas pistas sempre que o fugitivo atravessa um rio). O ar
perfura as más intenções e impressões, levando para longe o baixo astral e as
intenções mesquinhas, dá vontade nova de recomeço. A terra puxa para fora
(através das pontas dos dedos e pés) o acúmulo de carga negativa, devolvendo o
equilíbrio.
11. Visualizar criativamente
Outra boa dica é o uso de visualização criativa. Mentalizar
situações de alegria, de otimismo, de esperança, de harmonia, torna menos
fortes as investidas. Há pessoas que visualizam cenas de auxílio, como, por
exemplo, um manto real dourado sobre o ombros. Os monarcas, de um modo geral,
representam o poder; no nosso caso, poder de não se deixar abater pelos
pensamentos, palavras e atitudes do outro; poder investido em nossa
autoconfiança. Sempre que conseguir, envie um tanto dessa luz dourada para ele,
afinal a generosidade é uma energia que nos protege. Faça o mesmo com sua casa,
animais e objetos de valor. O azul é outra cor muito boa para a proteção. O
manto azul que é o céu, concede a todos tranqüilidade, melhor proteção contra
doenças.
Um dia recebi uma resposta a uma música enviada por e-mail: você
tem fome de que? A pessoa que escreveu citou o seguinte: fome do que temos,
mesmo? Que pão é esse? Pão de carinho. Afeto e atenção. A verdade é que somos
um planeta doente, com pessoas doentes, onde carinho e atenção, já no ventre, é
uma exigência, não um recebimento complementar. Se assim fomos feitos, neste
planeta-pequeno-plano que pode ter sido ensaiado (e projetado) com tantos
pontos falhos, vamos nos levando. Cada vez mais temos a necessidade de evoluir,
de sanar, de nos tornar saudáveis, não cobrando do outro a responsabilidade, a
razão e o motivo de estarmos assim. Essa é uma independência espiritual que
essa colônia planetária chamada Terra precisa obter. A libertação de antigos
jugos, de antigas maldições e preconceitos. Libertar-se para poder viver,
esquecer o mais possível aquele que foi a causa do dissabor passado,
libertar-se para a luz. Nada de êxtase, somente vida mais plena.
Lidando com o Vampirismo nas Relações Interpessoais
(Usei o termo "Vampirismo" como forma de identificar aquelas situações, lugares ou pessoas que nos retiram as forças, onde nos sentimos exauridos e precisando de um remanso.)
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