terça-feira, 30 de abril de 2013

Dicas para Sair de Situações que Minam as Forças e Enfraquecem

Como lidar com a perda de energia advinda do desgaste nas relações interpessoais antagônicas - Paz interior é direito de todos


Dicas para Sair de Situações que Minam as Forças e Enfraquecem


Como sair das situações que "acabam" com nossas forças? Há algumas ponderações sobre atitudes a tomar antes que as coisas fujam do controle. Aí vão algumas sugestões:

1)  Sair antes de ser tragado

Mesmo para aqueles que possuem convívio mais direto com as pessoas que são portadoras de doenças mentais, ou apresentam alguns distúrbios de personalidade perturbadores, é importante lembrar que este estado não é permanente... o distúrbio não se manifesta na pessoa em tempo integral, louco não está louco o tempo inteiro. Sem querer imaginar soluções, o que é possível é tentar acessar nos momentos de lucidez, o que não garante que, ao recair, aquilo que foi conquistado vale. Mais uma vez, cabe afirmar que mudança no outro não vale, vale a mudança possível em nós. 

Quem precisa aprender a manejar situações de conflito e estresse é aquele que se propõe a melhorar a vida para si. Melhorar o ambiente ou a vida dos outros poderá ser uma conseqüência, se assim o desejarem. Nos reinos digamos, inferiores, onde os seres vivos estão com a consciência menos aflorada, como nos outros animais (que não os humanos), os vegetais e minerais, a resposta ao nosso estímulo pacífico vem mais rapidamente, mais clara e objetivamente. Explico: quando limpamos uma árvore de cipós que a estão atrofiando e, alguns casos, quase matando, poucos dias depois ela já nos mostra o resultado de nossa ação benéfica; as folhas ficam mais viçosas, os galhos começam a apresentar porte mais vigoroso, a árvore toma seu devido lugar. Quando retiramos as ervas daninhas de um gramado, ou preparamos um canteiro, imediatamente aparece a mudança, e aquele pedaço de terra parece agradecer. 

Quando cuidamos de um animalzinho, seja no trato de doença ou apenas carinho, sua resposta é imediata. Uma pedra devidamente escorada não cai barranco abaixo... Uma muda nova ao ser regada, mostra em instantes a recuperação... e assim por diante. Com pessoas o processo é outro. O indivíduo pode estar em contato por largo tempo com estímulos positivos sem que, apesar disso, possa fazer uma leitura correta do significado desses estímulos. Quantas vezes você já envidou uma ação bondosa, com a melhor das intenções, e o outro entendeu tudo errado? E, quanto mais você se esforçou para explicar, pior ficou? 

Mudança só ocorre quando sentimos necessidade dela! Enquanto cada um, em seu interior, não se sentir bem cansado de uma situação, não ocorrerá mudança! Quando você perceber isso, avalie: há quanto tempo estou investindo? Quais os custos (emocionais, físicos, mentais e financeiros) deste investimento? O que deixei de fazer em prol dessa tentativa de ajuda? Isso me frustrou muito? Ainda há tempo de recuperar? Como o outro reagiu ao meu investimento? Está agradecido ou enraivecido? Tem-me em consideração ou está revoltado? Todos esses itens são ingredientes que ajudam a identificar a real valia de continuar ou não a envidar os esforços da maneira como vem sendo feito até agora. Às vezes vale muito mais terceirizar (arrumar um outro parente, alguém estranho que vá continuar em nosso lugar). A pessoa precisa de apoio, nem sempre tem condições de se reencaminhar. Esta diagnose quem vai conceder é o nosso coração, é a emoção, com sua balança de prós e contras é quem vai nos mostrar a validade de permanecer atrelado ao mesmo jeito de intervir. Algumas vezes, para o bem de todas as partes envolvidas, é melhor deixar as coisas  como estão do que continuar pensando em mudanças otimizadas. Sair de cena pode ser a solução.


2. Manter a auto-estima

Mantenha e aumente a sua auto-estima o máximo que puder. Muitas pessoas costumam usar amuletos para evitar as energias negativas. Embora seja uma forma de canalizar nosso pensamento, focando em um determinado ponto (concentração), são de pouca ou nenhuma valia, pois a pessoa que procura proteção nos amuletos já demonstra estar psiquicamente alterada, seja por medo ou ressentimento, o que contamina a concentração. Identifique constantemente os aspectos em você é bom, o que sabe fazer bem, quais as pessoas que gostam de você, qual a sua contribuição para melhor ao mundo. Mesmo nos momentos em que parece que você é um nada, lembre-se, esse é só um momento, vai passar.

3.  Evitar contato físico excessivo

Em geral, a pessoa em desequilíbrio tem necessidade de estar o tempo todo tocando, pegando, abraçando, apertando. E você sente que não está fazendo bem para você. Procure, gentilmente, afastar-se. Ofereça alguma coisa para ele, sempre que possível, um chá, um refrigerante, água, uma bala, caneta e papel, invente algo convincente, para que ele não se sinta excluído.


4.  Trazer pessoas para estar junto com você por ocasião do contato

Pode não impedir que o outro, igual, se estresse, pela simples presença, mas estar com outra pessoa distrai a atenção, que não fica somente focada em você, além de possibilitar uma saída estratégica sem constrangimentos maiores.


5.  Evitar discussões

Em situações de grande atrito, se for necessário, ouça tudo o que o outro tem a dizer, evitando devolver acusações; não entre em brigas, não faça o jogo dele, procure manter-se neutro o mais possível. A pessoa brigona tem necessidade de colocar mais pessoas na sua briga. Não leva a nada, é uma situação tremendamente sem propósito, pois todos acabam apenas se desgastando. Muitas vezes nem sequer se lembram porque tudo começou. Fica somente o sentimento ressentido, remoendo e enfraquecendo. É imprescindível arejar, logo que possível.


6.  Diminuir o tempo do contato

Quanto mais complicada a relação, mais você deve evitar de estar muito tempo sozinho(a) com essa pessoa. O face-a-face desenterra situações passadas que em nada levam, apenas a novas discussões. Programe já qual o rumo da conversa, quais as ilustrações, programe assuntos leves e, caso o outro insistir em manter o nível denso, procure sair o quanto antes. Certa vez perguntei ao profissional encarregado de trazer o gás de cozinha: "E o senhor, tem alguém complicado na família? - Tenho - disse ele - minha mãe, de 83 anos. Chego lá, no primeiro instante está tudo bem, ela sorri, me abraça, daqui há pouco já começa a me xingar e ame xingar, eu agüento um pouco e saio; fico uns dias sem aparecer e venho de novo, aí continua tudo bem, ela me cumprimenta e fica feliz. E assim vai!" Sabedoria.


7.  Diminuir o número de encontros

Pedir a outras pessoas, mais neutras ou mais bem queridas, para ir em seu lugar, alternando contatos. Aprender que, às vezes, estranhos são mais bem vindos do que aqueles que fazem lembrar a vida pregressa, ainda que você não seja o protagonista.


8.  Encontrar pessoas que possam substituí-lo

As pessoas são diferentes entre si. Algumas não se suportam, algumas suportam algumas coisas umas nas outras e há aquelas que se compreendem, que possuem afinidade entre si. Todos nós somos simpáticos ou antipáticos para alguns, em menor ou maior grau. Identificar quem, no seu rol de convivência, consegue lidar melhor com a(s) pessoa(s) em atrito e solicitar a ela que lhe substitua nas intervenções pessoais, traz ganhos substanciais para os dois lados envolvidos. Evita desgaste e confere tranqüilidade, tão necessária nesses casos de incompatibilidade.


9.  Evitar cobranças

Quando se fizer necessário o contato, evitar cobranças desnecessárias, pois cairão no vazio, além de gerar sensação de ameaça ou perda. Cobranças para mudar, para sair da situação criada são geralmente muito mal recebidas, especialmente se colocadas por alguém que é mal recebido. Cada cabeça, uma cabeça. Por mais que se pense entender, há variáveis que nos escapam das mãos, que não conseguimos controlar.


10.     Reenergização

Sempre que possível, reenergize-se com as forças naturais: sol, água, ar puro, mexer na terra - desmagnetizadores em potencial do baixo astral e fortificantes do sistema imunológico. Novos ares. O sol contém vitamina D e pulveriza más intenções (raios). A água é capaz de levar impressões ruins, limpando espaços (a água é um agente tão forte que os cães farejadores, por exemplo, perdem as suas pistas sempre que o fugitivo atravessa um rio). O ar perfura as más intenções e impressões, levando para longe o baixo astral e as intenções mesquinhas, dá vontade nova de recomeço. A terra puxa para fora (através das pontas dos dedos e pés) o acúmulo de carga negativa, devolvendo o equilíbrio.

11. Visualizar criativamente

Outra boa dica é o uso de visualização criativa. Mentalizar situações de alegria, de otimismo, de esperança, de harmonia, torna menos fortes as investidas. Há pessoas que visualizam cenas de auxílio, como, por exemplo, um manto real dourado sobre o ombros. Os monarcas, de um modo geral, representam o poder; no nosso caso, poder de não se deixar abater pelos pensamentos, palavras e atitudes do outro; poder investido em nossa autoconfiança. Sempre que conseguir, envie um tanto dessa luz dourada para ele, afinal a generosidade é uma energia que nos protege. Faça o mesmo com sua casa, animais e objetos de valor. O azul é outra cor muito boa para a proteção. O manto azul que é o céu, concede a todos tranqüilidade, melhor proteção contra doenças.

12.     Retirar o devaneio

Um dia recebi uma resposta a uma música enviada por e-mail: você tem fome de que? A pessoa que escreveu citou o seguinte: fome do que temos, mesmo? Que pão é esse? Pão de carinho. Afeto e atenção. A verdade é que somos um planeta doente, com pessoas doentes, onde carinho e atenção, já no ventre, é uma exigência, não um recebimento complementar. Se assim fomos feitos, neste planeta-pequeno-plano que pode ter sido ensaiado (e projetado) com tantos pontos falhos, vamos nos levando. Cada vez mais temos a necessidade de evoluir, de sanar, de nos tornar saudáveis, não cobrando do outro a responsabilidade, a razão e o motivo de estarmos assim. Essa é uma independência espiritual que essa colônia planetária chamada Terra precisa obter. A libertação de antigos jugos, de antigas maldições e preconceitos. Libertar-se para poder viver, esquecer o mais possível aquele que foi a causa do dissabor passado, libertar-se para a luz. Nada de êxtase, somente vida mais plena.


Págs 89 a 95 do Livro
Lidando com o Vampirismo nas Relações Interpessoais

(Usei o termo "Vampirismo" como forma de identificar aquelas situações, lugares ou pessoas que nos retiram as forças, onde nos sentimos exauridos e precisando de um remanso.)

Para conhecer a resenha do livro e para saber como adquirir, clique:
http://marisejalowitzki.blogspot.com.br/2013/05/lidando-com-o-vampirismo-nas-relacoes.html



Lidando com o Vampirismo nas Relações 

Interpessoais


Marise Jalowitzki






Nenhum comentário:

Postar um comentário