sexta-feira, 27 de maio de 2016

Involução Humana, Sociedade Julgadora e o Estupro Coletivo no Rio

Menor vítima de estupro coletivo deixa o Hospital Souza Aguiar, acompanhada da mãe no Rio de Janeiro - 26/05/2016(Gabriel de Paiva/Agência o Globo)


Por Marise Jalowitzki
27.maio.2016
http://marisejalowitzki.blogspot.com.br/2016/05/involucao-humana-sociedade-julgadora-e.html


Este texto vai impregnado de solidariedade a essa menina de 16 anos, que foi recentemente dopada e selvagemente estuprada por 33 criminosos no Rio de Janeiro. " Não, não dói o útero e sim a alma por existirem pessoas cruéis sendo impunes!! Obrigada ao apoio" - diz a garota. 

Crime que envergonha todo o país e humanidade, como toda ação selvagem envergonha, suja o plano de evolução espiritual que todos deveriam trilhar! 

Que se promovam todas as ações previstas na Lei para punir os responsáveis por este ato vil e que as leis se tornem mais severas para punir situações de violência.

Envio vibrações de Força e Luz para esta jovem mulher que precisa continuar, que precisa seguir avante, e que, caso assim decidir, há de se tornar uma disseminadora de mais Consciencia de Paz no mundo, em movimentos que promovam uma maior sintonia espiritual do Bem em todos os corações humanos. Somos uma especie capaz de promover mudanças, construções que beneficiem a todos! Não pode ser a violência, o abuso, o uso da força, a destruição moral (e todas as demais destruições) que passem a ser a marca humana na terra!

Estendo este lamentoso conforto também a todas as meninas, garotos, crianças, bebês, mulheres, homens, em qualquer idade e lugar, animais de todas as espécies, seres que foram (e, infelizmente, ainda são) vítimas de estupro e violências diversas! Um incrível retrocesso ocorre em termos planetários sempre que acontecem ações onde os mais fortes subjugam, submetem e torturam os mais frágeis.

Envio também meu consolo e solidariedade a esta mãe, que dá seu braço e ampara a flha em um momento assim crítico. Ao pai (que já sofreu dois AVCs no último ano), que comenta o quanto a filha está abalada "sem entender direito tudo o que aconteceu". À avó, que viu todo o video na internet e declara estar arrependida de ter visto, pois as imagens da crueldade não lhe saem da cabeça. "Ela estava totalmente desacordadas, parecia um boneco"... Que as entidades nacionais e internacionais se mobilizem como nunca para coibir novos crimes e julgar com rigor mais este!


E imploro a tod@s aqueles que se apressam em julgar as vítimas, em emitir conceitos e "conselhos" do tipo "se tivesse...",  que se omitam, que silenciem, que reflitam antes de tecer qualquer comentário julgador! Piedade para estes que se sentem acima da maldade e pretensamente acreditam ter uma solução", julgando e condenando a vítima ao invés dos algozes! Ela mesma, a vítima, postou em seu 2º comunicado nas redes sociais que pensava que iria ser "julgada mal"...



O fato é que a selvageria anda solta, que precisamos frear toda esta onda de violencia, apropriações indébitas de toda espécie, precisamos diminuir esta onda de maledicencia, de sentimentos de vingança, esta vontade de revidar, que parece estar sempre mais forte. 

Esta falta de solidariedade, ajuda efetiva, precisa dar lugar a ações de Amor, de Compreensão, de Acolhimento e Auxílio Efetivo".


"A menor estuprada por 33 criminosos no Morro da Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá, usou as redes sociais para agradecer o apoio de milhares de internautas do país inteiro. C.B., de apenas 16 anos, passou a noite em casa com a família e, na manhã de hoje, modificou a foto de seu perfil, incluindo o lema que ganhou força nas últimas horas: "Eu apoio o fim da cultura do estupro". "Não, não dói no útero. Dói na alma", afirmou a jovem. "Realmente pensei que seria julgada mal, mas não fui." - " (Veja.Abril)
E, neste meu depoimento-apelo, anexo o levantamento que a Marina Ferreira (*) fez e divulgou em sua página, apanhado que está na mesma linha de raciocínio: 

Se ela estivesse estudando isso não aconteceria!"
Menina estuprada em escola de São Paulo reconhece agressores:http://glo.bo/1TZ6Ej0
"Se ela estivesse na igreja isso não aconteceria!"
Jovem é estuprada dentro de secretaria de igreja em Brasília:http://bit.ly/1NQpoVc
"Se ela estivesse em casa isso não aconteceria!"
Morre jovem encontrada com sinais de estupro dentro de casa na Zona Norte:http://bit.ly/1qMl4Lu
"Se ela estivesse trabalhando isso não aconteceria!"
Jovem é atacada e estuprada a caminho do trabalho: http://bit.ly/1P19Wpq
"Se ela tivesse um namorado fixo isso não aconteceria!"
'Meu namorado me estuprou por um ano enquanto eu dormia':http://bbc.in/27UhJvG
"Se ela fosse mais família isso não aconteceria!"
Adolescente com deficiência física é estuprada pelo tio em RR:http://glo.bo/1THnB47
"Se ela fosse menos 'puta' isso não aconteceria!"
Menina (de 1 ano e meio) morta em igreja foi violentada: http://bit.ly/1Z3LEM4
"Se ela tivesse mais cuidado isso não aconteceria!"
Jovem é estuprada em estação do Metrô de São Paulo: http://bit.ly/1WnjCgw 
(Marina Ferreira é formada em Publicidade-Propaganda - SP)

"Não dói o útero e sim a alma", diz vítima de estupro coletivo em rede social


Por iG São Paulo  - Atualizada às 

JOVEM CONTOU EM DEPOIMENTO QUE QUANDO ACORDOU, DOPADA E NUA, ESTAVA CERCADA POR 33 HOMENS ARMADOS DE FUZIS E PISTOLAS

A jovem de 16 anos que foi estuprada por 33 homens em uma comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro agradeceu nas redes sociais o apoio que vem recebendo de usuário da web e fez um desabafo após o ataque. 
"Venho comunicar que roubaram meu telefone e obrigado pelo apoio de todos. Realmente pensei que seria julgada mal! Mas não fui, todas podemos um dia passa e por isso... Não, não doi o útero e sim a alma por existirem pressoas cruéis sendo impunes!!"
A adolescente, que teve imagens publicadas nas redes sociais depois de ser vítima do estupro coletivo, disse em depoimento a policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da Polícia Civil do Rio, que foi atacada por 33 homens armados de fuzis e pistolas. Ela contou que, no último sábado, 21, foi visitar o namorado no morro do Barão, na Praça Seca, zona oeste carioca, e só lembra de ter acordado, no dia seguinte, "dopada e nua", em uma casa desconhecida, cercada pelos agressores.
A polícia pediu a prisão de quatro homens: Lucas Perdomo Duarte, 20 anos, com quem a adolescente tinha um relacionamento, Marcelo Miranda da Cruz, 18 anos, Michel Brazil da Cruz, 20 anos, e Raphael Assis Duarte Belo, 41 anos.
No depoimento à Polícia Civil, reproduzido no site da revista Veja, a vítima contou que, depois de acordar, vestiu roupas masculinas e pegou um táxi para casa, no bairro da Taquara, também na zona oeste. A jovem é mãe de um menino de 3 anos.
Ainda de acordo com o depoimento, ela soube, na terça-feira passada, que um vídeo com imagens suas depois do estupro havia sido divulgado nas redes sociais e em sites de relacionamento. Nesse mesmo dia, segundo as informações prestadas à polícia, ela voltou à favela e cobrou do chefe da quadrilha dos traficantes de drogas, não identificado, que devolvesse seu celular, possivelmente furtado no dia do estupro coletivo.
Segundo a jovem, o traficante disse não ter encontrado o celular mas prometeu ressarcir-lhe o prejuízo. Disse também que se informaria sobre o estupro. A jovem identificou o namorado apenas como Petão, de 19 anos, que conheceu no colégio onde ambos estudam. A vítima disse que se relaciona com Petão há três anos. Ela afirmou que costumava usar ecstasy, lança-perfume e cheirinho da loló, mas que há um mês não se drogava.
No depoimento, a adolescente disse que está "profundamente abalada" e que, desde que foi estuprada, tem sentido muitas dores internas. Na manhã de quinta-feira, ela foi submetida a exames no setor de ginecologia de uma maternidade da rede municipal de saúde. "Quando acordei tinham 33 caras em cima de mim. Só quero ir para casa", disse ela ao sair do hospital, em declaração reproduzida no site do jornal O Globo.
Antes do exame médico, ela prestou depoimento e foi periciada no Instituto Médico-Legal (IML). O pai, que a acompanhou na perícia disse que, ao chegar em casa no domingo, encontrou a filha "gemendo de dor".
Em entrevista à rádio CBN, a avó afirmou ter ficado chocada com o vídeo, em que um dos homens faz menção a mais de 30 estupradores e afirma: "Essa aqui, mais de 30, engravidou". "O vídeo é chocante, eu assisti, ela está completamente desligada", disse a avó.
Segundo ela, a neta tem o hábito de passar alguns dias sem dar notícias, mas que a família nunca soube que tenha sofrido abusos sexuais. A avó levantou a suspeita de que o estupro coletivo tenha sido "vingança" do namorado, que teria suspeitado de uma traição da garota. Os nomes da jovem e de seus parentes são mantidos em sigilo pela polícia.
Investigação
A publicação e o compartilhamento do vídeo da vítima depois do estupro causaram indignação entre internautas, que pediram que ninguém mais divulgasse o vídeo. As imagens mostram o órgão genital da jovem e a narração do responsável pela publicação: "Olha como tá (sic). Sangrando. Olha onde o trem passou. Onde o trem bala passou a marreta".
Um dos responsáveis pela publicação no Twitter, identificado como Michel, escreveu: "Amassaram a mina, intendeu (sic) ou não intendeu (sic) kkkkk". Foi publicada também uma fotografia de um dos homens diante do corpo da jovem deitado em uma cama.
O caso também é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que recebeu uma denúncia anônima do estupro coletivo e da divulgação das imagens nas redes sociais. Segundo o MP-RJ, cerca de 800 comunicações do caso foram feitas à Ouvidoria. A promotoria pediu que agora sejam encaminhadas apenas denúncias que tenham informações novas sobre o caso.
Barbárie
A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) classificou o caso como "barbárie". "Os atos repulsivos demonstram, lamentavelmente, a cultura machista que ainda existe em pleno século 21", diz a entidade em nota. "Um estupro coletivo, com requintes de crueldade, no qual vários indivíduos perpetuaram a humilhação expondo, nas redes sociais, a dor da vítima", afirma a entidade.
A OAB-RJ atenta ainda para o fato de que, para cada caso público de estupro, tantos outros permanecem ocultos, sem repercussão. "Precisamos lutar contra a violência em cada lar, em cada comunidade, em cada bairro. A revolta e a mobilização são claros indícios de que a indignação social se faz fortemente presente", diz a nota.
Diante do ocorrido, a OAB-RJ afirma que frases machistas, piadas sexistas e propagandas que tornam a mulher um objeto sexual devem ser combatidas, "sob o risco de se tornarem potenciais incentivadoras de comportamentos perversos". A entidade está oferecendo assistência jurídica à família e afirma esperar que a lei prevaleça na punição aos responsáveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
*Com informações da Agência Estado.






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