Os quatro elementos - Os quatro perfis no grupo de trabalho |
Por Marise
Jalowitzki
http://marisejalowitzki.blogspot.com.br/2015/01/os-quatro-perfis-no-grupo-de-trabalho.html
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Ao aplicar vivências que envolvem os quatro elementos básicos da Natureza -
Terra, Fogo, Água, Ar, há sempre vários interessados em ampliar esse conhecimento,
com vistas à utilização prática em seu dia a dia. Autoconhecimento, sempre necessário. Compilei algumas informações
que podem auxiliar. O objetivo é continuar auxiliando a
todos nós, tirar amarras, conhecer-se, seres sempre mais
integrados e harmonizados.
Em alguns contextos, mais ortodoxos, é possível aplicar esta mesma abordagem, sem citar
Terra, Fogo, Água, Ar, ou então mencionar, mas sem fazer alusões a nascimentos e
pertencimentos. A relação fica igual estabelecida e a oportunidade de ampliar o
conhecimento de si e do outro, também.
Esta produção,
portanto, se propõe a apresentar, de maneira sucinta e objetiva, tópicos
abrangentes sobre as ações que todos desenvolvemos. Em várias circunstâncias
você irá se identificar; noutras, não. Quando isso acontecer, pergunte: “- Não
reajo assim, porque realmente não "me sinto" assim, ou não me sinto assim
porque nunca experimentei? E, será que, vivenciando, talvez possa me sentir
bastante à vontade? Por que não?"
Por vezes
encontro, por exemplo, um elemento Fogo que detesta massagens. Em auto-análise,
porém, esta pessoa constata que, por várias questões represadas desde a
infância, que determinaram seu script
de vida atual, estão decisões de acanhamento, resguardo e isolamento, negando
sua essência maior, de voluntariedade e afetividade. O que é preciso fazer?
Antes de continuar declarando "detesto massagens", rever seu script, tentando dar-se uma chance de ir
ao encontro de si mesma, mais integralmente. Quando isso acontece, o que se
constituía em barreiras, passa a ser recurso de relaxamento, tranquilidade,
situações antiestresse.
Grupos
de pertencimento segundo o dia de nascimento
Terra
21.abril a 20.maio;
23.agosto a 22.setembro;
22.dezembro a 20.janeiro.
Fogo
21.março a 20.abril;
22.julho a 22.agosto;
22.novembro a 21.dezembro.
Água
20.fevereiro a 20.março;
21.junho a 21.julho;
23.outubro a 21.novembro.
Ar
21.janeiro a 19.fevereiro;
21.maio a 20.junho;
23.setembro a 22.outubro.
Características
dos Perfis Pertencentes a Cada Elemento da Natureza
Terra
Técnico
Vínculos
Pertencer
Organizado
Legislação
Prático
Previsível
Responsável
Responsável
Fogo
Espiritual
Renova
Lidera
Iniciativa
Ação
Destacado
Motivado
Protetor
Protetor
Água
Emocional
Participação
Grupo
Afeto
História
Sensível
Comunitário
Vínculo
Vínculo
Ar
Mental
Iniciativa
Criativo
Imprevisível
Planejamento
Inovação
Mudança
Independência
Independência
Os
Quatro Perfis no Grupo de Trabalho
No ambiente organizacional há várias oportunidades de, através de
seminários e programas de desenvolvimento humano, identificar e avaliar os
perfis dos profissionais que compõem determinado grupo, área ou gerência, seja
através de testes, questionários, entrevistas, observação em dinâmicas de
grupo, etc. Um método, tão válido quanto os demais, são os resultados colhidos
por um gestor que está já há um bom tempo com sua equipe e que, através da
observação do “jeito” de cada um nas diferentes situações (clima harmônico,
estresse, pressão, emergência, prazos dilatados, perda, abalos emocionais),
consegue perceber as diferenças entre eles.
São objetivos desse texto:
1 - Em
primeiro lugar, entender um pouco mais de si, aceitar-se para, então,
aprimorar-se.
2 - O segundo
objetivo é permitir que, após o contato mais estreito consigo, cada um possa
olhar ao seu redor e perceber o outro, tentando, também, entendê-lo. Entender
não significa ter de aceitar, significa...
entender. Ao entender, se exercita a autotolerância e, ao ser mais
tolerante, fica mais fácil aceitar-se. Perceber mais a sua funcionalidade, sua
maneira de reagir e solucionar problemas.
3 - E, em
terceiro lugar, através desse entendimento, poder otimizar as ações no
trabalho, pois cada um realiza suas transformações em contato com o outro. Consequentemente,
resultados obtidos com mais segurança, tranquilidade e qualidade.
Para auxiliar esse entendimento, vale
classificar os comportamentos e atitudes em quatro grandes grupos, a saber:
·
ORGANIZADOR (Terra)
Características
As pessoas com perfil Organizador são essencialmente práticas,
previsíveis, noção de "início/meio/fim". A partir do momento em que os pertencentes a este grupo se sentem integrados e valorizados, são parceiros efetivos, mantendo fidelidade
aos princípios da organização e às pessoas que dela fazem parte. Para eles foi
criada a expressão "fiéis escudeiros do rei". Convencionais e éticos,
alicerçam-se nas leis e normas.
Uma vez convencidos de alguma ideia ou projeto,
seguem à risca as orientações e resistem sempre que alguém quiser burlar ou
modificar o contratado. Uma vez designadas as suas obrigações e
responsabilidades, pode-se contar com esses profissionais para a administração
dos detalhes e execução das tarefas. Pormenorizadamente, selecionam, e mantêm
controles de estoque, organizam planos, projetos, arquivos, documentos, dados e
argumentos com qualidade exemplar. Controlam o tempo de participação de cada um
nas reuniões e o próprio andamento destas - se os assuntos estão ou não
pertinentes com a pauta previamente distribuída, etc.
Organização, disciplina,
controle de custos, sistemas financeiros, avaliação de despesas e investimentos
são seus fortes. Contribuem para o trabalho efetivo do dia a dia. São os
responsáveis pela "casa andar", criando soluções em sua área de atuação.
Reações
Quando o Organizador não se sente valorizado ou respeitado, costuma
se ressentir, não colabora e, como é muito sincero, costuma demonstrar sua
insatisfação através de resistência, teimosia, terminando por dissimular resultados. "É como uma
pedra. Ao ser rolada, fica onde parar e dali não sai". Não gosta de ver apontadas suas falhas ou erros. Sempre que isso
se fizer necessário, é preciso demonstrar, o mais claramente possível, que a
retificação é por conta de uma necessidade da empresa, não de uma divergência
pessoal.
Quando recebe uma ordem de "cima para baixo", de forma
diretiva e unilateral, dificilmente acatará, estabelecendo resistência clara ou
velada. Se puder, vai "esquecer" o que foi pedido, fazer diferente. Se executar, será
com muita insatisfação. A partir daí, caso as coisas não forem resolvidas,
sempre que possível vai deixar de lado os pedidos e solicitações daquele que
solicitar e que lhe está desafeto.
Onde o Organizador falha: Sempre que as coisas não estiverem muito certas, definidas e
concretas. Como as empresas, na atualidade, costumam lidar com o imprevisto,
nem sempre as situações são as melhores, exigindo decisões e definições nem
sempre estudadas. Algumas situações são de risco, onde o resultado não é
conhecido nem esperado. Isto faz o Organizador sofrer muito e o usual é se
revoltar. Fechar as portas não resolve. O desafio é tentar romper o seu normal e tentar adaptar-se, sempre que possível.
Há também as situações em que alguns colegas avançam, invadem o seu trabalho, desrespeitando a área, por acreditar que é "menos nobre". Isto acontece especialmente nos arquivos, almoxarifados, estoque, contabilidade, finanças, jurídico, etc. -
órgãos que precisam de tudo controlado e definidamente preenchido. Também em diagramação, designer, organização de eventos, etc.. Quando isso
acontecer, o Organizador precisa sacudir seu jeito ressentido e dar limites.
Cobrar antes de se exasperar, mostrar-se firme antes de explodir. Dizer onde
está se sentindo atacado.
O que o Organizador precisa
aprender: A dificuldade em se antecipar ao caos
deixa o Organizador fragilizado. Algumas pessoas nem notam que ele está mal,
pois "engole" e disfarça a contrariedade no silêncio, procurando
sempre arranjar as situações da melhor maneira. Como é o amante do trabalho
organizado por excelência, mesmo insatisfeito, tenta retomar, retocar, refazer,
"aguentar no peito". Isso nem sempre dá certo, além de causar
estresse desnecessário. É preciso aprender a não carregar o mundo em suas
costas. Nem tudo está em suas mãos. Dividir e alertar para a responsabilidade
do outro é ajudar a desenvolvê-lo.
É imprescindível para o Organizador exercer influência sobre
processos, participando das ações em sua área de trabalho de uma forma bem
explicitada, sabendo qual a parte específica que lhe cabe em responsabilidade e
decisão. Necessita de reconhecimento e validação de seu trabalho para aumentar
sua contribuição e auto-estima, recebendo com discrição os elogios. Elogiá-lo
sinceramente pelos resultados obtidos com o fruto de seu trabalho será receber
dele ainda mais dedicação e empenho.
·
IMPULSIONADOR (Fogo)
Características
São pessoas que necessitam de ações inovadoras, gostam e precisam
ser estimuladas com desafios. Como são muito determinadas, para mudar de
opinião carecem de explicações e argumentações válidas. Não possuem muita
paciência para explicar e ensinar, às vezes acreditam que os outros estão
"fazendo corpo mole" quando não assimilam rapidamente o que está
sendo transmitido. Vibram e elogiam os acertos dos outros. Estes indivíduos carecem de ambientes
propícios para se manifestar, onde possam ser valorizados e reconhecidos
abertamente pelo que fazem. Quando não recebem a devida atenção, costumam
manifestar sua revolta e desencanto, até de maneira bastante ácida, chocando os
demais, pela força intempestiva com que se apresentam. São sinceros e muito
honestos. Com princípios fundamentados em tudo que já conhecem - leis, cultura,
informações, estudos científicos - costumam doar-se integralmente àquilo em que
acreditam. As questões de liderança são sua matéria-prima e quando não são
devidamente reconhecidos no ambiente de trabalho, pela gerência formal, logo,
logo estão à frente de movimentos, sejam comunitários, reivindicatórios ou de
influência agremiativa.
É o perfil necessário para ações emergenciais e sempre que for
preciso enfrentar barreiras - opiniões contrárias - onde não se tem muito tempo
para persuadir e conquistar. Toma decisões e paga o preço delas. Claro que o
devido respaldo da gestão superior assegura uma auto-estima positiva e
incentiva novas tomadas de decisão.
Reações
Quando o Impulsionador não recebe o devido reconhecimento do poder formal instituído, costuma
perseverar em seus intentos, tornando-se até mesmo um opositor. O
processo, entretanto, será sempre às claras e obriga o gestor ao
desenvolvimento, para poder contra argumentar e decidir com firmeza, caso assim
a situação o requerer. É um perfil de liderança, persuasivo, rompe limites e
quebra paradigmas sem muitas explicações.
Por ser impulsivo, sempre que houver uma falha a ser apontada nesse
profissional, é recomendável anteceder o apontamento com referências a outros
atos seus de muito mérito (reconhecer e elogiar para amaciar o impacto da reprimenda), esclarecer o caráter
organizacional que não foi contemplado, apresentar o ponto a ser corrigido (não
dizer: "tá tudo errado!"), esperar pela sua reação - que poderá ser
intempestiva - , retomar com o ponto específico a ser corrigido, dar um tempo
para que possa internalizar o que está sendo dito e depois continuar. Às vezes
é questão de alguns segundos. Mas se o gestor demonstrar espanto, indignação ou
exasperação pela reação talvez até agressiva do Impulsionador, o conflito está instaurado e, com
certeza, ficará mais difícil continuar o diálogo. O perfil Impulsionador assimila
bem um assunto, sempre que conter boa argumentação. Entretanto, precisa que lhe
seja concedido um tempo para refletir e, só então, alterar comportamentos.
Onde o Impulsionador falha: exatamente pela sua capacidade em romper limites, às vezes a situação acaba ficando muito tensa e as pessoas se machucam e revoltam. Quando mal
trabalhado, este perfil é o chamado "rolo compressor", que segue em
frente sem se importar com quem fica para trás, e como fica. Por não possuir
toda a paciência necessária, cabe ao gestor planejar a área de atuação desse
profissional e o tempo de intervenção, além de estabelecer quem mais vai
auxiliá-lo sempre que for preciso a adesão e o comprometimento do grupo.
O que o Impulsionador precisa
aprender: a olhar um pouco mais ao redor,
exercitar mais e mais a tolerância, entender que cada um possui características
individuais diferentes e, em situações de choque, aprender a pedir desculpas, o
que não lhe é muito fácil. Desculpas não significa perder o poder, significa
reconhecer a impulsividade e alterar comportamentos a partir do fato ocorrido.
Em muitas organizações com resultados positivos na economia e finanças, os
rombos de saúde mental são altos, e desnecessários, se precedidos de uma maior
atenção e cuidados com os demais envolvidos.
É imprescindível para o Impulsionador exercer influência sobre
pessoas e um gestor obterá desse profissional um excelente resultado sempre que
delegar a ele alguma função específica, atentando, porém, para uma clara definição
da abrangência dessa delegação, estabelecendo previamente pontos de controle
que ele, gestor, irá exercer como supervisão. Os resultados serão animadores
sempre quando o Impulsionador sentir que está defendendo uma causa,
influenciando o grupo, tomando decisões e sendo responsabilizado e reconhecido
pela definição de alguns rumos.
·
ASSOCIATIVO (Água)
Características
As pessoas que pertencem ao perfil Associativo constituem-se em
pontos de interligação dos diversos componentes da equipe de trabalho. São
esses profissionais que agregam afetividade nas ações, deixando o ambiente mais
leve, a convivência entre as pessoas mais fácil e interativa. Necessitam
continuamente de reconhecimento, e de pessoas diferentes, gostam de dar e
receber pequenas lembranças e apreços. Costumam ser aqueles que trazem pequenos
mimos para o ambiente de trabalho, flores ou folhagens, um bolo que fizeram ou compraram, bolachas,
balas... É normal presentear esse ou aquele com pequenas lembranças, gostam de
incentivar a comemoração dos aniversários, necessitam da participação de
todos. Usam frequentemente o
"Nós".
Reações
Quando se sentem integradas e aceitas no ambiente de trabalho, são
parceiras por excelência. Delas se pode esperar companheirismo em todos os
momentos. São as pessoas indicadas quando se precisa obter a adesão do grupo a
algum projeto ou programa novo, pois conseguem convencer pelo afeto,
conseguindo demonstrar a importância de cada um e a necessidade de um resultado
conjunto.
Se, ao contrário, não se sentem devidamente valorizadas dentro do
grupo, costumam ficar muito magoadas. Se recebem uma ordem "de cima para
baixo", geralmente se encolhem, não respondem, algumas pessoas choram e
passam a sofrer por terem de continuar trabalhando no mesmo ambiente. Sempre
que podem vão comentar o incidente que foi a causa da agressão percebida,
adicionando mais e mais reflexões e ingredientes de insatisfação.
Somente
através do diálogo aberto, com objetividade e tato, é que se poderá retrazer
esses participantes para uma atuação efetiva, com a mesma transparência de
antes. Por serem muito sensíveis, possuem um potencial caráter de profundidade
e, até mesmo, de severidade. O que para um outro perfil poderia passar
desapercebido, nele adquire uma dimensão maior, seja para a frustração ou para
o entusiasmo. O Associativo fica incapacitado de produzir em um ambiente com
pressão e desentendimentos ostensivos.
Onde o Associativo falha: quando se deixa tomar pelo ressentimento e se incapacita para o
perdão. Em algumas pessoas essa incapacidade é tão forte que, mesmo quando o
outro esboça um pedido de desculpas ou perdão, o Associativo não consegue
desculpá-lo, seja por não acreditar na sinceridade daquele, seja porque lhe
doeu demais e não está disposto a reinvestir na melhoria do relacionamento e do
ambiente. Quando uma situação de conflito mal resolvido se estabelece em um
ambiente de trabalho, automaticamente criam-se as "panelinhas", onde
alguns ficam do lado de um, outros, do lado de outro. As divisões de
relacionamentos e interesses acarretam queda de desempenho significativo, além
de tornar o dia a dia penoso.
O que o Associativo precisa
aprender: Às vezes o outro não sabe como chegar
até o Associativo. Entender com o sentimento a iniciativa do outro, permite apostar
de novo, ainda que com reservas e cuidados. Quando uma situação se torna
insuportável (alergias, dores de cabeça e gastrites são os sintomas mais comuns
de que a situação está ficando insustentável) é preciso recorrer e pedir ajuda.
A melhor ajuda será, em primeiro lugar, de um colega evoluído, que realmente
queira ajudar para que a situação melhore. Para isso, não adianta apenas um
"ombro amigo", pois só vai "dar força" e as coisas tenderão
a se cristalizar ainda mais. Se não houver este colega/amigo/evoluído, ou se
não resolver, é preciso chegar no gestor e trazer o ocorrido, solicitando uma
intervenção em conjunto para que as coisas voltem à harmonia. Problemas mal
resolvidos são como água estagnada, só causam doenças.
É imprescindível para o Associativo participar de um ambiente harmônico, e, em seus feitos, ser reconhecido de maneira afável, quase familiar. Ele estará "em casa", isto é, plenamente confortável, sempre que for chamado para conciliar, para retrazer a serenidade no ambiente e entre o grupo. Sempre que um gestor precisar convencer alguém muito resistente é ao Associativo que deve recorrer. Sua maior estratégia para com os outros é a
fluidez. O convencimento se dá pela flexibilidade, por saber recuar, esperar,
avançar de novo, contornar obstáculos, com atitudes de compreensão e carinho.
Quando trabalhados em seu recato natural, transpostos os limites da timidez, podem tornar-se juízes conciliadores, também agentes de marketing por excelência, pois conseguem não só convencer
como encantar o cliente.
·
Imaginativo (Ar)
Características
As pessoas que se caracterizam por possuir o perfil Imaginativo são
planejadoras e criativas. Sempre que se precisar de ineditismo, pode-se
recorrer a elas e contar com resultados até mesmo surpreendentes. Não são os
melhores parceiros "para o que der e vier" dentro da equipe, pois,
pelo seu enorme senso de liberdade e independência em tudo que fazem, torna-se mais
difícil para eles criar vínculos mais profundos de convivência com as pessoas
com as quais trabalham. Isso não quer dizer que são insensíveis; por terem
tanto com que se ocupar, criando, inventando, imaginando, as questões
referentes aos relacionamentos, por vezes, podem passar desapercebidas. Quando
alguém lhes acessa, porém, costumam dar respostas bastante afetivas e
integradoras. Parecem estar, por vezes, com a "cabeça no ar". Quando
isso é bem assimilado pelos demais componentes de uma equipe, a convivência
será bastante harmoniosa. Mesmo não sendo os melhores confidentes, estão sempre
prontos para realizar eventos inusitados, trazem alguma reportagem chamativa,
gostam de confraternizar, de congressos, desfiles, shows para crianças e
adultos, trazer, de alguma forma, a "magia", o ir além, o sair da mesmice.
São, geralmente, os profissionais que mais aceitam viajar, mudar de
localidade, mudar de área de trabalho, layout da sala, são os que melhor se
adaptam às alterações de cargo ou posição, se isso lhes trouxer benefícios, o
que, geralmente, conseguem encontrar.
Reações
Encontramos, nessas pessoas, o entusiasmo
com as questões de mudança, pois a mudança é-lhes estímulo e desafio.
"Tira a vida da rotina", dizem.
Para situações emergenciais, o Imaginativo, que é um planejador nada ortodoxo, pode apresentar saídas imediatas
e estratégicas, pouco convencionais e bastante efetivas. Não sendo entendido, vai tentar mostrar suas sugestões, estratégias e invenções em outros cenários.
Ético e muito crítico, tem um senso de justiça que fica ferido sempre que notar mesquinharias, subterfúgios, trapaças, tarefas concluídas a 'meia-boca'. Embora tendam a não entrar em conflitos declarados, por sabê-los inúteis, sua percepção se volta para novos horizontes, planejando uma forma de sair desse ambiente limitado.
Ético e muito crítico, tem um senso de justiça que fica ferido sempre que notar mesquinharias, subterfúgios, trapaças, tarefas concluídas a 'meia-boca'. Embora tendam a não entrar em conflitos declarados, por sabê-los inúteis, sua percepção se volta para novos horizontes, planejando uma forma de sair desse ambiente limitado.
Onde o Imaginativo falha: Inadvertidamente, levado pelo grande desejo de liberdade e
independência, muitas vezes o Imaginativo passa por dominador. Tudo é fácil, as
pessoas estão atrasadas, tem de ser para ontem. Dificilmente aceitam ordens sem
que sejam esclarecidos os motivos das mesmas. Não é só o "como" fazer
que interessa, mas, também, ou mais importante, o "porque" fazer. O
Imaginativo possui uma relativa dificuldade em explicar as coisas, preferindo
mostrar o fruto de seu trabalho (que já está todo esquematizado na mente), para
depois explicá-lo. Quando não se sente inserido ou aceito em seu local de
trabalho, tende a se expandir, tentando participar em outras áreas ou executando
trabalhos externos onde possa extravasar seu potencial, dando a entender, para
muitos, "não querer nada com nada". Usualmente não são seres de discórdias
ou disputas ferrenhas, preferindo sair, "voar"; quando entram em uma
discussão é porque já estão em seus limites, sendo que a relação, a partir daí,
parece quebrada, pois já não lhe interessa mais.
O que o Imaginativo precisa
aprender: Que nem todos possuem a rapidez e
agilidade de raciocínio que o Imaginativo tem. Assim, o óbvio só é óbvio para
aquele que esteja vendo; para os que ainda não perceberam é preciso explicar e
dar um tempo para internalizar e deixar que eles mesmos promovam a mudança, se
assim o quiserem e/ou puderem. Nos outros, as coisas também andam no ritmo que lhes é próprio. Precisa aprender a estar com o pisca alerta ligado para perceber o outro e, em não conseguindo,
retomar a relação sempre que notar ou o outro requisitar, ainda que em novas
bases. Ponto final é somente em algumas circunstâncias.
É imprescindível para o Imaginativo ter a oportunidade de
demonstrar seu espírito criativo. Se esses profissionais estiverem muito presos a ações rotineiras,
ou se sentindo muito controlados, tendem a adotar comportamentos evasivos,
parecendo descompromissados ("Tô nem aí!"). Na verdade, para diminuir
o seu grau de desconforto e instabilidade - por ver poucos atrativos em seu
trabalho - é preciso conceder a essas pessoas atividades onde possam planejar,
criar e implementar o resultado desse planejamento. O reconhecimento que o
Imaginativo necessita passa pela validação frente ao grupo e, em pouco tempo, receber novos desafios e compromissos onde possa criar ações e soluções.
Marise Jalowitzki é escritora, educadora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Consultora empresarial por mais de duas décadas, coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável.
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