|
Mercado varejista e o movimento de final de ano exigem maior cuidado e controle. Roubar é crime! |
Por Marise Jalowitzki
22.dezembro.2016
Triste, mas verdadeiro! E, desta vez, apenas a supervisão não é o bastante!
Há poucas horas fui a uma loja do bairro, onde sou cliente há anos. Uma dessas lojas conceituadas, com quase duzentas filiais espalhadas pelo estado. Fui lá para adquirir algumas peças cama-mesa, de última hora, e, assim, efetivamente, aconteceu.
Apesar do burburinho natural nesta época do ano, ainda assim permaneceu o clima amistoso dos competentes atendentes e caixa. Tudo certo.
Tenho uma ressalva com esta loja, principalmente neste final de ano, onde, na entrega da mercadoria, há vários funcionários de temporada. Eles conferem, sim, o material que está dentro das sacolas, mas, por algum motivo, deixaram de ver os dois últimos itens lançados na Nota Fiscal.
Como sempre faço, cheguei em casa e conferi: produtos, etiquetas, nota fiscal e comprovante (uso do cartão). Pode parecer hilário, mas até "faço a conta" novamente, para ver se os valores inscritos fecham. Pois hoje me parabenizei! Esta estratégia é válida! Simplesmente, foram inscritos dois produtos a mais, ao final da relação (discriminação dos produtos). COMO? Não sei! A garota do caixa sempre pergunta, para confirmar. Lê os produtos e pede a anuência do consumidor. E assim ocorreu! SÓ QUE, ALI ESTAVA! Valor diferente (a mais, óbvio!) e dois produtos que eu não havia adquirido e que, portanto, não estavam comigo (óbvio!).
Ou seja, eu estava pagando, mas não estava levando!!! rsrs
Tudo o que eu queria comprar, comprei, mas iria pagar por mais produtos!
Retornei à loja, expliquei tudo para a gerente (que já me conhece há anos), ela chamou a atendente que, de início, colocou um tanto em dúvida o que eu dizia, mas, como fui categórica (já havia apresentado todos os tíquetes com os códigos de barra), não teve como argumentar.
Eu ainda disse, ironizando:
- Querem ir lá em casa, agora, verificar, vamos!
A gerente muito séria afirmou: "Isso não é preciso!"
A moça acabou segurando meu braço (senti a aspereza de sua mão) e disse:
- Desculpa! Não sei como me passei! Desculpa!
Como a questão está agora e ponderações:
1 - A gerente perguntou se eu tinha intenção de realizar novas compras até o final do ano. Eu disse que sim, pois tenho outras aquisições a realizar. Propôs, então, que eu ficasse com este valor em apenso, disponível, para ser descontado na próxima compra. Escreveu no cupom fiscal. OK.
2 - Fiz questão de apenas resolver a situação de modo que eu não fosse lesada, mas quero retomar o assunto após o Natal. Saber quais foram as providencias adotadas. Quem foi responsabilizado, já que é uma ação conjunta atendente e caixa.
3 - Fiquei constrangida e não quis brigar, até porque os fatos ainda não estão totalmente esclarecidos, mas, com certeza, não fui eu a primeira pessoa a ser usurpada com esta estratégia conjunta!
4 - Até agora, parece-me, apenas com uma denúncia como a minha é que a gerência poderia tomar conhecimento desta ação. Pois, sendo a loja grande, mais de uma dezena de caixas, no final do dia a documentação "batendo", como iriam saber?
5 - Fiquei triste porque, provavelmente, haverá demissões. Muitas pessoas usam a criatividade para poder se beneficiar, ainda que de maneira torpe e desonesta. Tanta gente disputando emprego e, quem consegue, pensa em levar vantagem ilícita!!
Não é o que comentamos sempre?? Não é só Lava Jato, Zelotes e todos os demais escândalos e operações. Cidadãos "comuns" também estão inoculados pela corrupção, pelo "onde posso lucrar"??
Por isso, considero importante todos os clientes, em especial os de idade madura, como eu, que redobrem os cuidados, que verifiquem e controlem o que compram e o que pagam. E reclamem.
Sim, eu poderia ter feito um escarcéu, ameaçado de ir ao Procon, de comunicar à matriz, mas, por enquanto, vou apenas deixar assim como está e ver o que acontece nos próximos dias. Quero saber como a gerência lidou com a situação.
Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com
outros blogs: