quinta-feira, 14 de julho de 2016

Chega de tanta medicalização - Preparar um filho para a Vida não é moldá-lo apenas para atender expectativas socialmente impostas


Foto Ana Radchenko
"O caos social está cada vez mais abrindo seus braços para tentar abafar os criteriosos. Se, por um lado, isto desconcerta e até desanima, por outro lado, fica evidente que é chegada a hora de ampliar a responsabilidade individual, especialmente dos pais que precisam dizer “Não!” para a pressão de alguns supervisores de escolas. “Não!” para a insistência de alguns educadores. “Não!” para o médico que rapidamente rabisca metilfenidato sem avaliar mais nada. “Não!” para a sua angústia em querer apresentar um filho “adequado” para a sociedade. “Não!” para a vergonha das diferenças. E parar de dizer “Não” para uma vida mais simples e feliz.

É urgente e fundamental que pais discutam sobre as práticas pedagógicas dos estabelecimentos onde vão deixar seus filhos para serem educados, compreendendo que Educação é um processo para ser levado durante toda a existência e não apenas para dar respostas certas que resultam em notas, conceitos ou menções nas avaliações trimestrais e ao final de cada ano letivo.

Enquadrar somente para ser aceito, não." (pág. 12 - Livro TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM)




Chega de tanta medicalização -  Preparar um filho para a Vida não é moldá-lo apenas para atender expectativas socialmente impostas - e que são geralmente fúteis, vazias, altamente competitivas e geradoras de sofrimento

É preciso criar nossos filhos para que vivenciem Felicidade, que conectem com seus Limites, que vivam bem com isso, sabendo que todos somos sábios e ignorantes em coisas diferentes!


Por Marise Jalowitzki
14.julho.2016
http://marisejalowitzki.blogspot.com.br/2016/07/chega-de-tanta-medicalizacao-preparar.html

Por vezes algumas pessoas ainda tentam atacar minhas publicações sobre tdah e outros transtornos, sobre o excesso de medicalização da infância, sobre esta mania que tantos adultos tem de exigir que seus pimpolhos apenas satisfaçam as exigencias socialmente impostas, independente de como se sentem. Tais pessoas (as que criticam) usam a alegação que "não é minha especialidade". Verdade! |Não sou da área da saúde!! Sempre o declarei. O que mais faço é divulgar muitas e muitas informações que não aparecem em nosso país (óbvio, pois não interessa!!), provenientes de especialistas criteriosos, reconhecidos internacionalmente. E compartilhar resultados que dão certo.

Espero que cada vez mais e mais possamos compartilhar resultados exitosos!

E o que dizer de tantos profissionais da saúde, de diferentes áreas, que dizem "Eu não tinha conhecimento disto! Você tem mais bibliografia para eu poder aprofundar?"

E, o que dizer quando mamães - que são médicas - me procuram, sabendo que sou da área da educação e do desenvolvimento humano, sem saber mais o que fazer para livrar seus filhos dos psicotrópicos e pedindo minhas sugestões?

Situações assim (que acontecem seguidamente) não massageiam meu ego, não! Deixam meu coração muito apertado e triste, por verificar o quanto estamos distantes de um quadro de saúde! O quanto as próprias universidades são manipuladas pela indústria farmacêutica, colocando em sala professores que vão disseminar a cultura medicamentosa, foco na doença ao invés de foco na saúde. Criando clientes cativos e fiéis, ao invés de pacientes temporais.

E, também, paralelamente, percebo a importância deste momento de despertar de tantos profissionais e pais!
Avante!
Marise Jalowitzki
Educadora, consultora organizacional, especialista em Desenvolvimento Humano




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